sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A agricultura orgânica na lei .

Desde 29 de dezembro de 2007, a agricultura orgânica no Brasil passou a ter critérios para o funcionamento de todo o seu sistema de produção, desde a propriedade rural ao ponto de venda
Estas regras estão expressas no Decreto nº 6323 publicado nesta data, no Diário Oficial da União. A legislação, que regulamenta a Lei nº 10.831/2003, inclui a produção, armazenamento, rotulagem, transporte, certificação, comercialização e fiscalização dos produtos. “A regulamentação da agricultura orgânica dará um grande impulso ao setor uma vez que temos agora regras claras quanto aos processos e produtos aprovados e pela criação do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica que propiciará aos consumidores mais garantias e facilidade na identificação desses produtos”, diz o coordenador de Agroecologia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Rogério Pereira Dias.
 
Fiscalização
A inspeção será feita nas unidades de produção, estabelecimentos comerciais e industriais, cooperativas, órgãos públicos, portos aeroportos entre outros.
Quando houver indício de adulteração, falsificação, fraude e descumprimento da legislação serão tomadas as seguintes medidas: advertência, autuação, apreensão dos produtos, retirada do cadastro dos agricultores autorizados a trabalhar com a venda direta e suspensão do credenciamento como organismo de avaliação. As punições serão mantidas até que se cumpram as análises, vistorias, ou auditorias necessárias. Também poderão ser aplicadas multas que variam entre R$ 100 a R$ um milhão de reais.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Por que Albert Howard é considerado o "pai" da Agricultura Orgânica?

A obra do pesquisador inglês Sir. Albert Howard foi o principal ponto de partida para uma das mais difundidas vertentes alternativas, a agricultura orgânica. Entre os anos de 1925 e 1930, Horward dirigiu, em Indore, Índia, um instituto de pesquisas de plantas, onde realizou vários estudos sobre compostagem e adubação orgânica. Mais tarde, publicou obras relevantes como Manufacture of húmus by Indore process (Manufatura do húmus pelo processo Indore), em 1935, e em 1940, An agriculture testament (Um testamento agrícola) uma das mais relevantes referências bibliográficas para pesquisadores e praticantes do modelo orgânico.
Em 1905, Horward começou a trabalhar na estação experimental de Pusa, na Índia, e observou que os camponeses hindus não utilizavam fertilizantes químicos, mas empregavam diferentes métodos para reciclar os materiais orgânicos. Howard percebera, também, que os animais utilizados para tração não apresentavam doenças, ao contrário dos animais da estação experimental, onde eram empregados vários métodos de controle sanitário. Intrigado, Howard decidiu montar um experimento de trinta hectares, sob orientação dos camponeses nativos e, em 1919, declarou que já sabia como cultivar as lavouras sem utilizar insumos químicos.
Em suas obras, além de ressaltar a importância da utilização da matéria orgânica nos processos produtivos, Howard mostra que o solo não deve ser entendido apenas como um conjunto de substâncias, tendência proveniente da química analítica, pois nele ocorre uma série de processos vivos e dinâmicos essenciais à saúde das plantas.

A história

No início dos anos 30 alguns cientistas alertaram sobre os equívocos do modelo convencional de produção agrícola (uso de insumos químicos, alta mecanização das lavouras, entre outras práticas) não seria este o modelo que garantiria o futuro das terras férteis.
Após a 2ª Guerra Mundial, os produtos químicos tornaram-se mais conhecidos, conseqüentemente os agrotóxicos começaram a ser utilizados na agricultura convencional. No entanto, até os anos 70, os defensores da agricultura sustentável eram ridicularizados.
A partir dos anos 60, começam a surgir indícios de que a agricultura convencional apresenta sérios problemas energéticos e econômicos e causa um crescente dano ambiental. Neste período várias publicações e manifestações despertaram o interesse da opinião pública. Na década de 80 o movimento cresce, e na de 90 explode. Cada vez mais surgem produtores orgânicos até chegarmos ao quadro atual, no qual os orgânicos estão presentes nas grandes redes de supermercados.

O que é Agricultura orgânica ?

A agricultura orgânica é um sistema de produção que promove sob o ponto de vista ambiental, social e econômico a produção de alimentos e fibras, excluindo sistematicamente o uso de fertilizantes, pesticidas químicos, hormônios de crescimento, aditivos e organismos geneticamente modificados.
Utilizando o conhecimento popular e científico, a agricultura orgânica promove a biodiversidade, os ciclos biológicos e a qualidade natural do solo. Tem como base o uso mínimo de produtos que não pertençam ao ecossistema em questão, e a gestão para recuperar, manter ou promover a harmonia ecológica.
A intenção principal da agricultura orgânica é otimizar a produtividade de comunidades interdependentes, considerando o contexto social e a saúde do solo, das plantas, dos animais e das pessoas.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Objetivo

  • Produtos orgânicos são produzidos com a preocupação de não prejudicar o meio ambiente assim, objetivamos uma forma mais sustentável de agricultura;
  • Promover o conhecimento de agricultores e proprietários de terra das consequências e desvantagens da utilização de agricultura químico-indústrial, que são verdadeiros venenos e fazem mal a saúde;
  • Melhorar as condições de trabalho na agricultura, pois pessoas que participam de produção agricola orgânica ganham condições dignas de trabalho e seus direitos são respeitados;
  • Evitar o desgaste do nosso solo, uma vez que na agricultura orgânica, há o cuidado para não destruí-lo. O solo é protegido ou recuperado para continuar fértil;
  • Alertar sobre as desvantagens dos transgênicos (plantas onde o homem coloca genes tomados de outras espécies), pois estes colocam em risco a diversidade que existe na natureza.

Justificativa

A opção por uma agricultura orgânica, ultrapassa a possibilidade de só usar agrotóxicos, mas sim de se tornar um modo de vida integrado com a natureza, reutilizando os próprios recursos naturais como forma de preservá-los, buscando meios que torne a propriedade sustentável, não apenas para o presente mas também para a utilização das gerações futuras.